Brasil e Itália anunciam novo impulso e financiamento para ações de resfriamento antes da COP30
13 junho 2025
O Brasil e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) lançaram nesta sexta (13) o Mutirão contra o Calor Extremo, uma iniciativa global para enfrentar o calor extremo por meio do resfriamento sustentável.
Ainda hoje, a Itália se comprometeu a destinar US$ 2 milhões em novos financiamentos para o Compromisso Global de Resfriamento.
Os anúncios foram feitos em Bonn, Alemanha, na primeira Reunião de Pontos Focais dos Signatários do Compromisso Global de Resfriamento, lançado na COP28, em 2023.

O Brasil e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) lançaram nesta sexta (13) uma nova iniciativa para enfrentar o calor extremo por meio do resfriamento sustentável – Beat the Heat in Cities/Mutirão contra o Calor Extremo – enquanto a Itália se comprometeu a destinar US$ 2 milhões em novos financiamentos para o Compromisso Global de Resfriamento, apoiando ações relativas a um dos principais causadores da mudança climática antes da COP30, em novembro deste ano.
"O resfriamento sustentável será uma prioridade na COP30 porque as cidades, o clima e bilhões de pessoas dependem dele. Por meio do Mutirão contra o Calor Extremo, nosso objetivo é transformar as cidades em motores de adaptação, impulsionar a implementação do Global Pledge e garantir que ninguém seja deixado para trás à medida que o calor extremo se acelera", disse a CEO da COP30, Ana Toni.
Os anúncios foram feitos em Bonn, Alemanha, na primeira Reunião de Pontos Focais dos Signatários do Compromisso Global de Resfriamento. Lançado na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática de 2023 (COP28) pela Presidência dos Emirados Árabes Unidos (EAU) e pela Cool Coalition do PNUMA, o Compromisso Global de Resfriamento é o primeiro compromisso coletivo do mundo voltado para reduzir em 68% o impacto climático relacionado ao resfriamento até 2050 e para ampliar o fornecimento a preços íveis para todos que precisam.
O mundo acaba de registrar seu terceiro ano consecutivo de calor recorde, revelando que o calor extremo está agora no centro da mudança climática. O Observatório Global de Resfriamento 2023 do PNUMA alertou que, se as tendências atuais continuarem, o aumento da demanda de resfriamento por si só pode acrescentar 6,1 gigatoneladas de dióxido de carbono até 2050, enquanto mais de um bilhão de pessoas ainda não têm o ao resfriamento para manter alimentos, remédios e economias viáveis.
"O resfriamento sustentável é uma alavanca central de adaptação e é uma medida de mitigação de correção de curso que ainda nos mantém dentro do limite de 1,5°C", disse o diretor da Divisão de Mudança Climática do PNUMA, Martin Krause.
"Integrar o resfriamento nos novos planos climáticos nacionais - ou NDCs - será fundamental para garantir uma abordagem holística que alinhe a ação climática com os benefícios sociais e econômicos", acrescentou.

O Brasil confirmou que o resfriamento sustentável e o calor extremo serão uma das principais prioridades da COP30 em Belém. A Itália também anunciou um novo financiamento para a implementação do Compromisso Global de Resfriamento por meio do novo Enabling Pledge Implementation for Cooling (EPIC) Facility do PNUMA. Esta nova iniciativa, que abriga um Mecanismo de Assistência Técnica e um Acelerador de Fundos, canalizará aconselhamento técnico e financiamento para as cidades.
"A Itália não está apenas avançando em suas metas nacionais, mas também apoiando os esforços internacionais para traduzir o Global Cooling Pledge em ação local por meio da iniciativa EPIC", afirmou o diretor geral do Ministério do Meio Ambiente e Segurança Energética da Itália, Alessandro Guerri.
Notas e recursos para editores
Citações adicionais
“Devemos proteger os mais vulneráveis do calor extremo. O Global Cooling Pledge apresenta uma oportunidade poderosa para salvaguardar vidas, saúde e segurança alimentar. Ao trazer de volta a Natureza em nossas cidades, não apenas atendemos às necessidades urgentes de mitigação e adaptação climática, mas também apoiamos a biodiversidade e tornamos nossas cidades mais habitáveis para todos", afirmou Adalberto Maluf, vice-ministro de Mudança Climática do Brasil e co-presidente do Global Cooling Pledge.
"A Alemanha tem orgulho de co-sediar a primeira reunião de pontos focais do Global Cooling Pledge aqui em Bonn", afirmou Silke Karcher, vice-diretora geral de Economia Circular do Ministério Federal do Meio Ambiente, Ação Climática, Proteção da Natureza e Segurança Nuclear (BMUKN) da Alemanha. "Esta reunião envia um sinal claro: a ação sobre resfriamento sustentável deve ser uma parte central de nossa resposta climática coletiva."
"Em apenas 18 meses, o Compromisso envolveu 72 países e mais de 80 parceiros não estatais", observou Ahmed Mohamed Al Kaabi, subsecretário adjunto de Eletricidade, Água e Energia Futura do Ministério de Energia e Infraestrutura dos Emirados Árabes Unidos e copresidente da Reunião de Pontos Focais. "Essa aceitação mostra a rapidez com que o mundo pode se mover quando o resfriamento é reconhecido como uma defesa de linha de frente contra o calor."
Sobre o PNUMA
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) é a principal autoridade mundial em meio ambiente. O PNUMA trabalha globalmente para enfrentar a tripla crise planetária – mudança climática, perda da natureza e poluição – apoiando as nações na construção de economias de baixo carbono, positivas para a natureza e eficientes em termos de recursos.
Sobre a Cool Coalition
Lançada como uma iniciativa emblemática da Cúpula de Ação Climática do secretário-geral da ONU em 2019, a Cool Coalition é uma plataforma global que reúne mais de 250 governos, empresas, cidades e instituições financeiras para impulsionar ações abrangentes sobre resfriamento sustentável e calor extremo. A Coalizão avança na implementação do Acordo de Paris, da Agenda 2030 e da Emenda de Kigali ao Protocolo de Montreal, trabalhando em três pilares: advocacy, ciência e ação conjunta. Ele defende uma abordagem holística para cadeias de resfriamento e frio em países industrializados e em desenvolvimento, promovendo resfriamento ivo (ou seja, telhados frios, soluções baseadas na natureza, melhores edifícios e design urbano), maior eficiência energética e a rápida redução gradual de refrigerantes que aquecem o clima. A Cool Coalition também atua como secretaria do Global Cooling Pledge.
Sobre o Compromisso Global de Resfriamento
Lançado na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática de 2023 (COP28) pela UNEP Cool Coalition e pela Presidência da COP28, o Compromisso Global de Resfriamento conta atualmente com 72 países signatários e 80 apoiadores não estatais, representando o primeiro compromisso coletivo do mundo para reduzir as emissões relacionadas ao resfriamento em 68% até 2050, ao mesmo tempo em que expande o o equitativo ao resfriamento. Ele está ancorado na ciência do Observatório Global de Resfriamento e estabelece 14 metas nacionais, incluindo Planos de Ação Nacionais de Resfriamento, soluções ivas e baseadas na natureza, códigos de energia de construção, padrões de eficiência mais altos e redução gradual de refrigerantes.
Para mais informações, entre em contato com:
- Unidade de Notícias e Mídia, Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente: [email protected]
Mais recursos:
- Compromisso Global de Resfriamento
- Reunião dos Signatários dos Pontos Focais do Compromisso Global de Resfriamento
- Relatório Anual de Progresso do Compromisso Global de Resfriamento 2024
- Relógio de Resfriamento Global 2023
Para saber mais sobre mudança climática, e a página da ONU Brasil para a #EducaçãoClimática.
